A COR DO PARAÍSO
Título Original: Rang-e khoda/The Colour of Paradise
Ano: 1999
País: Irão
Realizador: Majid Majidi
Género: Drama
Actores: Mohsen Ramezani, Hosein Mahjoob
Duração: 86 minutos
Ano: 1999
País: Irão
Realizador: Majid Majidi
Género: Drama
Actores: Mohsen Ramezani, Hosein Mahjoob
Duração: 86 minutos
Sinopse:
O cinema tende a pintar protagonistas cegos como figuras de temperamento sereno, geralmente dotadas de algum dom que os diferencia do resto. "The Colour of Paradise" năo foge à regra. Extremamente tocante, porém em nenhum momento piegas, o último trabalho do director iraniano, Majid Majidi, depois de seu estrondoso sucesso com "Filhos do Paraíso", destaca-se por extrair o que há de melhor na linguagem cinemática, sem precisar recorrer a grandes astros Hollywoodianos ou fazer uso de qualquer tipo de efeito especial. Em outras palavras, a magia de "The Colour of Paradise" está na simplicidade do seu enredo e técnica de filmagem e, também, na fabulosa interpretação de Mohsen Ramezani como o cego Mohamed.
O filme começa com Mohamed - na escola especial para cegos onde estuda - esperando que o pai o venha buscar para as férias. A espera é longa, pois o pai, está relutante em levá-lo para casa, por pensar que o filho cego atrapalhará as suas pretensões de se casar de novo. Enquanto Mohamed espera pelo pai, presenciamos uma das cenas mais tocantes do filme: Mohamed é hipersensível a todos os tipos de sons. Quando ouve o canto de um pequeno pássaro debaixo das folhas de uma árvore e o miado de um gato faminto que se aproxima, ele atira uma pedra para afastar o gato e, com um tremendo esforço, encontra o pássaro, sobe à árvore e coloca-o de volta no ninho. Uma metáfora de seu próprio medo do abandono.
Majidi povoou o filme com metáforas assim. Todas cuidadosamente casadas com excelentes sequências de imagens, close-ups, iluminação e música de extremo bom gosto. A escolha de regiões rurais do Irăo para as locações foi extremamente feliz, pois, é através do forte contacto do rapazinho com a natureza que visualizamos o que se passa na sua cabeça e coração. O reencontro de Mohamed com as irmãs e avó e a sua luta para ser aceite e amado independentemente de sua cegueira, são tremendamente tocantes. O seu esforço, porém, não é suficiente. O pai leva-o para ser aprendiz numa carpintaria onde o dono também é cego.
Nas últimas cenas do filme, sob uma chuva torrencial, Mohamed cai a um riacho, quando uma frágil ponte em que atravessa no cavalo do pai desaba. A câmara de Majidi captura brilhantemente a hesitação, que transparece no olhar de Hashem: salvar o filho ou livrar-se daquilo que considera um "estorvo". Năo resta dúvida de que realizadores como Madji têm uma maneira incrivelmente sensível e peculiar de mostrar as vulnerabilidades humanas. Fonte: Multiply
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